Monthly Archives: Outubro 2011

Rádio Aristocrata – Notícias

 

Um polícia do Norte em Lisboa, Cristiano Ronaldo, Paulo Bento, Dom Duarte… o que tem esta gente em comum?

A Radio Aristocrata desvenda, no seu bloco noticioso.

 


A vaca que secou…

Era uma vez uma vaca, que comia feno e produzia leite.

A vaca era de todos e todos precisavam de organização.

– Quem dá de comer à vaca?

– Eu dou.

– Eu não.

– Quem ordenha a vaca?

– Eu faço.

– Eu vou.

– Eu não.

Mas que grande confusão!

De entre todos, alguns assumiram a responsabilidade de gerir a situação.

Para facilitar a distribuição de tarefas, a vaca foi “dividida”, metade era tratada por uns, outra metade por outros e ficava assim a situação resolvida.

Uns tratavam de arranjar o feno, outros tratavam da ordenha.

Tudo se resolveu, que bem que funcionava este sistema!

Mas pouco a pouco, um facto emergiu, era preciso tanto feno para produzir tão pouco leite, algo que nunca se viu.

Arranjou-se mais feno e mais feno e mais feno mas não vinha nem leite, nem queijo, nem manteiga!

Tanta gente a tratar do feno, porque não havia mais leite, algo que se veja?

Foram então uns perguntar a outros:

– Então? Nós que damos tanto feno, recebemos tão pouco leite, por que razão? – a resposta foi breve

– Não sabemos quando o feno pode acabar, estamos a gerir o leite para o assegurar.

Parecia lógico, bem pensado, uma boa precaução.

Mas algum tempo depois, veio o mau tempo e o feno escasseou.

Preocupados, uns foram ter com outros:

 – Não temos mais feno, ainda bem que guardaram algum leite.

 – Não há leite guardado – disseram os outros e isto gerou confusão.

– Como podem não ter leite se não nos deram a nossa parte para o caso de um dia não haver feno?

– Que disparate! Sem feno não há leite, palermas. – isto gerou uma grande discussão.

– Onde está o nosso leite?

– O leite é nosso. Sai da nossa metade.

– Mas sem feno não têm leite.

– Exacto, sem feno não têm leite.

– Queremos o que temos direito.

– Tragam feno e nós damo-vos leite.

– Já vos demos tanto feno e vocês não nos deram a nossa parte do leite.

– Querem o que têm direito? Tomem o estrume, já ajuda para o feno.

Uns ficaram sem leite e outros beberam o leite que tinham… até já não ter.

O leite acabou. Sem feno, a vaca secou, definhou.

Foi então que com a aflição todos se aperceberam, uma vaca que não dá leite, é uma vaca que dá carne e todos foram a correr para a comer.

Quando só o esqueleto ficou, todos discutiram para perceber o que falhou.

– Foi o feno que faltou.

– Foi o leite que não chegou.

Até que uma voz se ouviu:

“Foi a divisão que não resultou. Uns alimentavam e outros bebiam. Uns descuravam e outros abusavam. Partilhar as metades, partilhar o fardo da alimentação e a alegria da produção, era essa a divisão.”

Que triste conclusão, depois de tanta disputa e porque não souberam partilhar, comeram a vaca do quintal, a vaca de seu nome Portugal.

– Que fazemos agora? – perguntavam com aflição.

outra voz surgiu e indicou:

“Olhem ali, no outro quintal, há outra vaca, e esta não nos vai deixar ficar mal. Esta tem leite de certeza ou não seja ela a vaca global.

Que nunca nos falte a mama, porque mesmo com a teta seca, mamamos até ao tutano.

*Uma lição que não se aprende, é um erro que se repete, agora com licença que  se não me apresso comem o meu bife e aqui o palerma é que emagrece.


A Crise e… O Benfica

                                       

 Nestes dias conturbados não há como não olhar para o passado e pensar: “porque é que a Olá deixou o Winner Taco desaparecer?” Hum, isto fica para outra crónica. Mas olhando para o passado os dias do antigamente eram mais calmos, mas nem sempre melhor. Qual foi sempre a melhor forma de vencer a(s) crise(s) que foram surgindo com os tempos?

É mesmo isso, a vitória do Sport Lisboa e Benfica no Campeonato Nacional de Futebol. Há que referir que não sou sócio, nem nunca fui, mas vou-me rendendo às evidências. Não acreditam? Então vejamos:

– II Guerra Mundial começou em 1939, quem ganhou o campeonato 44/45? BENFICA;

– Guerra Colonial começou em 1961, ganhou o Benfica, mas na época 61/62 ganhou o Sporting, dando origem ao conflito armado, só pode. A guerra terminou em 1974, quem ganhou o campeonato 74/75? BENFICA;

– Os meus pais queriam divorciar-se em 81, ora em 81/82 ganhou o Sporting; eu nas ci em 83, quem ganhou em 83/84? BENFICA;

– Em 1994 Portugal falha a presença no Mundial USA 94, quem é que equilibrou as contas? O Benfica a ganhar o Campeonato 93/94;

– A Grécia entala-nos (a ideia era dizer enraba-nos, mas o Word não reconhece a o verbo) em 2004 (ainda hoje não posso ver o Charisteas… nem o Ricardo); lá vai o Benfica ser campeão 2004/2005 quando não ganhava desde 94;

– Começou a falar-se na crise em 2008, o Benfica é campeão em 2009/2010 e tudo fica bem;

é por isto que todos os portugueses acabam por ser Benfiquistas, em nome do bem estar da Nação. Ainda por cima, agora além da crise estamos com o buraco da Madeira, e Portugal (a selecção) falhou o apuramento directo para o Euro 2012. Ou seja, dê por onde der o Benfica este ano será campeão… mas só acredita quem quiser.


Assassinato em Reality Ville

O Inspetor Gonçalo foi chamado às pressas para averiguar um violento assassinato em Reality Ville, um – até então – pacato subúrbio de Lisboa.

A vítima havia sido encontrada morta na principal avenida do bairro, há uns 30 minutos. O cérebro da vítima havia sido retirado, e em seu lugar havia uma couve-flor. Cozida.

Para o Inspetor Gonçalo, o próximo passo era interrogar o maior número possível de habitantes de Reality Ville. Evidentemente era preciso que o inspetor batesse de porta em porta, uma vez que em Reality Ville ninguém pode sair da casa.

O Inspetor Gonçalo bateu primeiro à porta da Casa dos Segredos. Mostrou as fotos que tirara da vítima com seu telemóvel. Os ocupantes da casa reconheceram como sendo o homenzinho que tinha a mania de espiar lá para dentro todos os dias à noite. Mas não era por causa disso que alguém lhe ia tirar a vida, caraças. O inspetor, homem calejado nas lides da investigação, rapidamente deduziu os segredos de todos os habitantes da casa. Contou-os todos para a participante da mamas grandes, em troca do número do seu telemóvel.

Não parecia ao Inspetor Gonçalo que o assassino ali estivesse. Rumou para a casa do Peso Pesado. Também lá todos reconheceram a vítima como o homenzinho que espiava para dentro da casa deles todas as noites. Alguns confessaram que até prefeririam comer um cérebro humano a uma couve-flor cozida, mas não, que não haviam matado o homem. Na casa do Peso Pesado o inspetor recorreu a um expediente pouco ortodoxo em investigações, a tortura: chamou um a um os participantes, comeu um, dois Ferrero Rochers bem devagar, a saborear cada dentada, e ameaçou comer o terceiro e último se o interrogado não confessasse tudo. Todos os Pesos Pesados confessaram ter matado o homenzinho, a Meredith Kercher, a Rosalina Ribeiro… elementar, o assassino não estava lá.

O Inspetor Gonçalo estava tramado, quem mais poderia ele interrogar? Todas as outras casas estavam vazias. Na casa do Big Brother há uma placa da Remax pendurada há séculos. A Casa do Amor (antiga Academia de Estrelas) está toda degradada e dizem as más línguas que alguns ex-participantes de reality shows promovem orgias sadomasoquistas por lá. A casa do Último a Sair estava desocupada há alguns meses… “hum, era uma boa ideia ir lá”, pensou o inspetor. ”Quando toda a gente pensava que Roberto Leal e cia. estavam lá dentro, eles estavam cá fora; agora que toda a gente pensa que estão cá fora, se calhar estão lá dentro.”

Estava o Inspetor Gonçalo a dirigir-se para lá quando carrinhas e mais carrinhas chegaram em alta velocidade e , de dentro delas, saltou uma miríade de repórteres, cameramans e fotógrafos. O inspetor foi cercado por eles, que queriam saber quem era a vítima, quantos anos tinha, qual a sua profissão, qual era o seu signo e ascendente zodiacal, se o inspetor sabia quem eram os familiares e amigos da vítima, qual era a linha de investigação, se a perícia já havia feito luminescência na couve-flor…

Muito contrariado, o Inspetor Gonçalo viu-se obrigado a interromper a sua investigação, pois agora estava a participar do maior e mais popular reality show do país: o telejornal da noite.


“Liberdade na Madeira” – F. Pessoa (Alberto J.J. remix)

“Liberdade na Madeira”

Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um buraco a abater
e não o fazer!
Pagar é maçada,
Governar é nada.
O sol doira nesta legislatura.
O Coelho amanha-se bem ou mal,
Sem levar um tusto do Funchal.
E a ilha, de tão naturalmente matinal
Como tem tempo, não tem pressa…

Dívidas são papéis pintados com tinta.
Pagar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e guita nenhuma.

Quanto melhor é o meu novo plano:
Esperar pelo guito alemão,
Quer venha ou não!

Grande é a asneirada, o nepotismo e as panças…
Mas o melhor do mundo são as festanças,
Flores, música, o luar, e a cheta que não me peca
Mesmo quando o Continente está em seca.

E mais do que isto?
Nem Jesus Cristo,
Que também não sabia nada das finanças,
Mas não consta que fizesse um buraco destes…

A.J.J.


As maçãs do Steve

Steve Jobs (1955/2011): o homem que percebeu que os adultos também querem brinquedos – que não daqueles que o “empresário do norte” e a mulher levam na mala quando vão ter com os amigos bizarros aos hotéis de 5 estrelas.

A raça humana gosta de ser entretida, de interagir, de usufruir das coisas que os outros humanos fazem – livros, música, filmes, filmes caseiros – e Jobs achou que enfiando todas essas coisas dentro de gadgets estilosos e estampando-lhes uma maçã mordida, parte da humanidade seria mais feliz. E acertou, pelo menos a julgar pelas suas classificações na lista de ricalhaços da revista Forbes – e pelo sorriso pateta de alguns a passear de iPod à beira-mar. De alguns, sublinho, porque as maçãs do Steve não são para qualquer um: um “qualquer um” tem que se contentar com as de Alcobaça.

Se não ganhou o prémio Nobel do Marketing, é porque tal coisa não existe. E se não ganhou o prémio “Humanos, vejam de uma vez por todas o que deve ser o design”- simples, conciso e belo – é porque nunca ninguém se lembrou de criar um prémio com um nome tão estúpido. Mas o que é facto é que o design da Apple é um guia estético, e de tal forma considerado, que conheço alguns maníacos cujo maior sonho era levar uma dentada do Steve Jobs na maçã de Adão, achando que assim ficariam mais bonitos.

Mas Jobs deixou-nos, e como tal, há que permitir que o trabalho por ele iniciado seja continuado e desenvolvido por outros génios – porque a raça humana gosta de ser entretida -, e, em conformidade com isto, deixo aqui algumas geniais propostas de gadgets para a Apple desenvolver:

iPo: gadget agrícola, uma espécie de borda d’água do século XXI;

iCredo: descodificador de discursos do papa para não-crentes, agnósticos e ateus;

iAtola: assim uma espécie de Magalhães do Irão, mas com funcionalidades atómicas;

iVeca: deputado virtual não remunerado e não demagógico que cada cidadão traria sempre consigo (tipo anjo da guarda).

Parece que já estou a ver as filas enormes no lançamento destas obras-primas da tecnologia e do design- e as mais do que previsíveis devoluções subsequentes.

Se a Apple não aproveitar estas ideias, sei quem as vai aproveitar; iSei sei. Agora desculpem-me, tenho que atender uma chamada no meu iPhone. É o Bill.

 (escrito num macbook pro que pifa como os outros portáteis mas é mais bonito)


“Paraíso” em cinco sílabas

Como qualquer republicano digno desse nome, resolvi comemorar o Cinco de Outubro levando o meu orgulho pátrio a passear a um centro comercial. Tenho para mim que é uma espécie de dever cívico, nada abaixo do exercício do voto ou da recolha do cocó do cão.

A coisa começou mal, fui pisado logo à entrada por um desses putos gordos em forma de Bollycao, a fazer uma birra que dava vontade de lhe passar a cremalheira com um carrinho de compras. Uma dessas crianças amorosas que levam um casal de “Ai amorzinho, gostava tanto de ter um filho contigo!!” a “Logo à noite usamos três preservativos e um destes sacos muito jeitosos do Continente, por via das dúvidas”.

Duas ou três asneiras depois, lá convenci o pé manco que valia a pena prosseguir. Ao fundo do corredor esperava-me a recompensa, “Paraíso” em cinco sílabas: “In-ti-mi-ssi-mi”. E lá fui eu, estoicamente, com uma mão a bater no peito republicano e outra de piquete, pronta a ocultar qualquer traiçoeira sublevação monárquica no baixo ventre. Gosto muito de fazer o percurso Intimissimi – Women´s Secret – Calzedonia, ou “O Triatlo”, como gosto de lhe chamar. E devo dizer que tenho uma ponta final muito forte.

Não sei se a ciência já se debruçou sobre este fenómeno, mas constatei que a exposição a uma loja de lingerie é um analgésico poderoso, passados vinte segundos o pé em carne viva parecia-me já um mero e longínquo aborrecimento.

Não sei se é porque todo o universo feminino me parece uma coisa mística, mas acho perturbador o conceito de reciclagem de soutiens para fazer o que quer que seja: não estou preparado para ver um símbolo de um “95 Copa C” no Ecoponto amarelo, ao lado do das latas de atum. É como imaginar uma tribo de índios escavacar o seu totem sagrado para fazer uma mesinha de cabeceira.

A relação entre o homem e a montra da loja de lingerie é extremamente complexa. Há algumas classes que têm uma espécie de “estacionamento livre” socialmente validado: o homem casado acompanhado pelos filhos, o jovem com namorada e a bicha. Em relação ao adolescente a questão nem se coloca, pois passados  30 segundos ele dispara a correr para a casa de banho. No entanto, quanto tempo pode o cidadão médio ficar especado a olhar para a montra sem ser rotulado de rebarbado? Um minuto? Dois? Dez? Eu nunca contei, fico lá o tempo que leva até chamarem o segurança.



O meu Prós e Contras

Isto anda mau, é verdade. Todos os dias oiço gente a queixar-se de que já não tem dinheiro para carregar o seu iPhone, ou que este ano não pode ir passar férias às Barbados. Já mal se vê gente com mais do que 4 telemóveis e 1 LCD na casa de banho… Batemos no fundo, pronto!
E eu entendo que o povo ande descontente com isto tudo, que se sente traído pelo sistema, que o Badaró faz cá muita falta, mas há coisas que custam ouvir. E a coisa que mais me tem custado ouvir nestes dias é: “O César Peixoto ainda está no Benfica”. Mas não é sobre isto que eu venho falar hoje, eu venho falar da segunda coisa que mais me tem custado ouvir, que é: “Isto anda tão mal! Os nossos políticos só querem é mamar à conta, principalmente aquele Portas, que toda a gente sabe que mamar é com ele. E aquela Ana Drago também não me engana, que um gajo olha para aquelas orelhas e vê logo que aquilo é mesmo para agarrar quando ela fala ao megafone! Nós devíamos era mas é voltar à monarquia, pá!”

Ora, antes de começarem todos a concordar com isto da monarquia vamos com calma pensa…. Calma!

EU DISSE COM CALMA! Olha… pronto… aquele ali já me está a ensaiar as vénias… Isto é gente que só mesmo à estalada… Para lá com isso, Celso Moura… olha que a dobrares-te assim as pessoas ainda ficam com a ideia errada, homem! Epá, deixa lá os collants em paz, Cláudio…. sim, eu sei que a monarquia te dava jeito porque assim escusavas de os esconder por baixo das calças, mas olha que nem o tarado do Henrique VIII usava ligas, rapaz…. Vá, já acalmaram? Óptimo!


Bom, como eu ia a dizer, vamos lá pensar, com calma, nisto de voltar aos reis, sim? Vamos pesar os prós e os contras antes de começarmos todos a usar perucas? Vamos lá então!

República Vs. Monarquia: Prós e Contras… mas sem a Fátima Campos Ferreira, que eu já não tenho balas na minha 6.35 para me defender.

Chefe” do País: Aqui é complicado… Se por um lado um Rei é um gajo que, desde que põe as patas fora do útero da mãe, é preparado para governar o país, por outro é normalmente filho de primos direitos, o que faz com que, às vezes, um Rei se lembre de nomear o seu cavalo para Primeiro Ministro do Reino. Se por um lado tem o contra de ser um título hereditário, o que faz com que o povo pouco tenha a dizer na escolha do seu “chefe”, por outro lado… este é o mesmo povo que elegeu o Durão Barroso… portanto aqui tenho que dar empate.

Imagem: Aqui a Monarquia fica claramente a perder. Primeiro, devido à consanguinidade elevada que existe no seio das famílias monárquicas, é bem possível termos um Rei com o sex appeal de um prato de farinha Maizena. Depois, olhando bem para os dois “candidatos” a Rei que temos neste momento… Um deles tem um bigode que é, possivelmente, o pior bigode da história dos bigodes. Um bigode que não tem personalidade, um bigode que parece que só lá está para segurar o nariz do Duarte, um bigode para o qual se olha e dá logo vontade de ir comprar 100 litros de manteiga de Karité… O outro… o outro é um caga-tacos com um corte de cabelo que faz lembrar uma catatua. E sim, eu sei que o Cavaco parece um híbrido de um Koala anoréctico com o Nosferatu do Murnau, mas já andou a brincar aos piratas… tudo bem que eram piratas informáticos, mas não deixam de ser piratas e, como todos sabemos, desde o Johnny Depp que os piratas são as novas rock stars.

Títulos: Outro ponto contra a Monarquia. Na República, o chefe de estado é um Presidente. Na Monarquia, um Rei, para além de ser Rei, tem também uma catrefada de nomes parvos como Marquês de Vila Viçosa ou bailio grã-cruz da Ordem Soberana de Malta, o que, para além de não servir para nada, é estúpido. O que raio é um grão-mestre da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa?

Competências: Mais um ponto para a República. Ainda há uns tempos tivemos um Primeiro Ministro tão competente que se conseguiu formar a um domingo. No pólo oposto, temos dois “candidatos” a Rei em que um deles pilotou aviões na guerra colonial, guerra que perdemos, e em que o outro canta fado mas vende menos discos que o Rouxinol Faduncho.

Relações Internacionais: Reticentemente… tenho que atribuir o ponto para a República. É certo que o nosso Primeiro Ministro não é, propriamente, um poliglota e que no dia da sua vitória nas eleições o seu Inglês mais parecia o de um aluno que tirou o 9º ano das Novas Oportunidades, é certo que, apesar de Africano, ainda não o vi a falar Kimbundu, é certo que o nosso Presidente usa expressões como “the escaping goat” mas… se nem os portugueses percebem o que diz o D. Duarte, imaginem os estrangeiros! E não podemos correr o risco de ter o Câmara Pereira a cantar a Rosinha dos Limões a meio de uma Cimeira Internacional…

Potencial Humorístico: Ponto para a Monarquia. É certo que a República nos proporcionou grandes momentos de humor, como quando Santana Lopes chegou ao poder, mas o que dizer de Nuno Câmara Pereira, o homem que proferiu a frase “sou um monárquico de esquerda!”? E já viram a quantidade de trocadilhos que dá para fazer com o nome Duarte Pio? Imaginem que o D. Duarte tem que discursar mas está afônico, “D. Duarte perdeu o Pio!”! Ah ah ah! Às vezes até me faço rir a mim mesmo…! Ai eu…

Ideologia Política: Irrelevante…

Ora, posto isto, mal por mal, mais vale continuar com a República, digo eu… Sim, Cláudio, acho que é melhor continuares a usar calças por cima…

Agora, está é na altura de mudar o símbolo da República, é que, parecendo que não, a mulher dos seios descobertos já tem mais de 100 anos e ninguém gosta de olhar para peitos descaídos e enrugados. ..